O
nascimento, a origem simboliza o começo, o inicio de tudo e cabe a morte
determinar o final e no intervalo desses
dois marcos acontecesse o mistério chamado Vida.
Viver deveria ser mais simples, afinal
iremos morrer de qualquer forma, pois infelizmente o beneficio da eternidade
fora perdido quando Eva se deixou enganar pela serpente (Gênesis), ao menos é assim
que a história é transmitida geração após geração. Partindo do pressuposto que
nossa vida será eterna, o que faríamos diferente? O que mudaríamos? Temo afirmar
que não, afinal tudo termina e temos um prazo de validade e mesmo assim as
pessoas fazem tão pouco umas pelas outras, na verdade as pessoas fazem tão por
pouco por si mesmas imagina se tivéssemos uma eternidade para fazer algo bom?
O ser humano precisa compreender que
temos pouco tempo e que o tempo passa rapidamente, porém a compreensão desse fato tão evidente no nosso cotidiano parece distante da
realidade do ser humano, afinal vivemos como se tudo fosse PARA SEMPRE, sem
fim, sem prazo de validade e principalmente sem despedidas. O mundo não ensina
como dizer Adeus, como desapegar e talvez seja este o motivo do ser humano
estar sempre sofrendo...
Ser feliz plenamente é impossível,
porque precisamos limpar a casa para deixando um espaço para as coisas novas,
para novas oportunidades de felicidade. Precisamos fazer aquela famosa “faxina espiritual”,
é necessário tirar as coisas ruins e reservar
um espaço para as coisas boas que estão
por vim. Minha mãe costuma dizer que
quando temos um monte de roupas em um guarda-roupa significa que não precisamos comprar roupas
novas, porém quando somos convidados para determinado evento e paramos para
procurar uma roupa adequada percebemos que o guarda-roupa sempre tão cheio na
verdade não possui uma peça que realmente sirva,e na maioria das vezes não
encontramos nenhum peça que ainda caiba em qualquer situação. Isso ocorre
porque o tempo passa e nós não gostamos de encarar esse fato, pois o passar do
tempo significa que o fim está próximo.
Provavelmente enxergamos o tempo como
algo cíclico igualmente a civilização Maia tradicional. Os Maias viam o tempo
como algo semelhante à natureza e ás estações que se repetem á todo ano, o
calendário maia obedecia a um ciclo de 52 anos e ao completar este trajeto
retornava a seu ponto de partida recomeçando o ciclo. Portanto, para os maias
não existia um FIM, as coisas sempre iriam acontecer novamente e novamente.
Para além, nós (seres humanos) esperamos sempre uma segunda oportunidade para
fazer algo diferente daquilo que realmente fizemos, queremos sempre uma segunda
chance, como se o tempo fosse cíclico e por isso podemos nos sentar e esperar
ele completar sua volta para consertamos tudo. Porém, não é! O tempo é linear,
ou seja, com começo, meio e fim. Sendo assim, as coisas começam a acontecer em
um determinado marco, provavelmente com o nascimento de algo e vão dando sequência
a partir deste episódio caminhando em linha reta para o futuro, para o FINAL.
É necessário começar a enxergar a vida
de forma linear. Se despedir nem sempre é fim, na verdade pode significar o
inicio de algo bom, pois diferente dos Maias estamos em busca de mudanças mesmo
que inconscientemente, necessitamos de surpresas, afinal são as surpresas que nos
motivam a viver. A incerteza do futuro é motivadora, desperta interesse e
principalmente necessidade de programação, suposições. A incapacidade de mudar o passado nos trazer
remorso, saudade e muitas lembranças, algumas dolorosas outras indescritíveis que
ainda fazem o coração bater mais forte só por lembrar. Mas é isso, a única coisa
que temos domínio é p presente, que não dura exatamente nada, o presente logo
será passado e em breve apenas uma suposição para o futuro. Te convido a viver,
viver de verdade com intensidade lembrando sempre que você morrerá amanha, porém
hoje você ainda não morreu, portanto aproveita!
P.S.:
Pense nisso e deixe seu comentário. Beijocas e até mais!
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